Não enjoo por que quero, não enjoo quando quero, desde que eu passe ele na quantidade certa. Eu demoro, e posso nunca enjoar. Tudo depende do aroma, da fixação e do preço... o frasco não me importa muito, muito.
O aroma deve ser único, marcante, doce e cítrico ao mesmo tempo, talvez um floral, e deve me causar calafrios.
Gosto quando fixa na pele, quando dura o dia inteiro, mas que me permita sua ausência após um banho e que não permaneça em minhas roupas depois que eu lavar; Para que eu fique com ele na memória, me lembrando, e me causando abstinência, assim haverá extrema necessidade de usar novamente, no dia seguinte.
Eu pago muito caro por um bom perfume, pago mesmo, diria até que pago qualquer preço, mas só se eu realmente souber que ele valerá a pena. Posso até comprar uma vez, para experimentar, caso eu não tenha tanta certeza.
O frasco as vezes, se vende sozinho, e importa um pouco, mas não é tão importante quanto o conteúdo e a sinceridade de sua fragrância.
Além disso, detesto ser egoísta, mas neste caso sou e muito. Não abro mão de ter um cheiro único, uma marca, só minha.
Depende tanto dele quanto de mim.
Porém, quando enjoo, não compro ele nunca mais, e se ao acaso eu o sinta algum dia, não terei náuseas, talvez algumas lembranças, mas com certeza, indiferença.
Quando isso acontece, me entristeço, sinto que falhei na compra, mas me reestabeleço e espero que se lance alguma nova fragrância, que ela apareça em minha frente para que eu possa provar.
Um dia eu sei que acerto.